Gotejo Reflexo
No reflexo da gota,
Perpassava o o-culto de meus olhos.
Venha, lenço, venha-nos, enxague.
Seque os poros do caminho trilhado,
Pela gota perpassada.
Lágrima agora seca,
Peço que me resguarde.
Seja sol, lua e nuvem,
Venha, ombro, e me sustente.
Aconchego este do amigo quente.
Que a engolida se enciúme,
Da lágrima ali borrada.
Venha, Divino, desça de Teu Cume,
Seja Eterno e me acolha.
Venha lenço, amigo e Divino.
Pois que o choro veio,
Alumiou a gota.
Cultuou o oculto
E trilhou as róseas bochechas,
De quem um dia sorrira.
Do dia em que o sorriso se abriu.